Como verificar a dilatação no trabalho de parto sem toques vaginais?
- Equipe SobreParto
- 8 de jun. de 2017
- 2 min de leitura

Recentemente vimos um texto circulando pela internet sobre como verificar a evolução da dilatação durante o trabalho de parto sem fazer toque vaginal. Embora tenhamos gostado da publicação em geral, alguns detalhes não faziam sentido para nós e, enquanto discutíamos, ficamos pensando: por que temos que controlar a dilatação de forma tão matemática?
Pois não temos.
O necessário é acompanhar a boa evolução do trabalho de parto e, para isso, existem alguns indicadores importantes:
- Foco da ausculta: nos diz um pouco sobre altura e um pouco sobre a variedade de posição (se o bebê está posterior ou anterior);
- Padrão contrátil: nos mostra uma fase avançada. Até mesmo a variedade do padrão pode nos falar algo, como aquela "paradinha" que acontece no expulsivo;
- Postura da mulher: ela vai assumindo diferentes atitudes ao longo do trabalho de parto. No geral, buscam mais posições no chão quando próximas do expulsivo;
- Recurso visual: observar a vulva/períneo quando a mulher está numa posição que assim nos permita (veja na foto!). Nesse momento, nós também observamos todo tipo de excreção (sim, estamos atentas a mucos, melecas, cocôs e afins! São indicadores importantes, de presença normal e esperada no parto - não temos nojinho! -, então relaxe!)
Fundamental levar em consideração que tudo isso é observação em conjunto, raramente esses fatores serão analisados isoladamente. Além disso, esses indicadores não dão certeza sobre números, mas sim de evolução próxima a determinadas medições.
A verdade é que o toque vaginal não é tão fundamental assim durante o trabalho de parto (muito menos durante o pré-natal). Além de ser incômodo para a mulher, com grande capacidade de desanimá-la (caso a dilatação não seja o que ela espera), para o profissional do parto não fornece - isoladamente - informações seguras a ponto de influenciar na tomada de decisões (caso necessárias).
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